Raça, vontade, superação, determinação, pouca técnica e torcida fanática apoiando o tempo inteiro resumem o jogo. O Bilbao tentou pressionar o tempo inteiro, embora tenha criado, efetivamente, poucas chances de gol. Com um jogador expulso no começo do segundo tempo, conseguiu o gol após uma cobrança de escanteio, com Muniain. Depois do gol, foi só administrar, uma vez que os russos não tinham qualidade suficiente para construir nada. Um jogo feio, porém bom de se ver, pois a determinação de ambos os lados – excluindo aquela mania ridícula de ficar se jogando para matar tempo – levou os times a correrem bastante, proporcionando, no mínimo, diversão para quem assistiu essa partida.
O primeiro tempo foi horrível. O Manchester desde o início mostrando que não tinha vontade de estar no jogo, pensando no campeonato inglês e o Ajax com dificuldade, tentou marcar no campo do adversário, tomou um contra-ataque e, aos 5 minutos, levou o gol de Javier Hernández, em uma finalização típica de camisa 9. No final do primeiro tempo, Ozbiliz aproveitou um dos poucos momentos de pressão dos holandeses no primeiro tempo e, numa bela finalização, empatou o jogo.
No segundo tempo, mudou de postura, marcou em cima, fechou todos os espaços, aproveitou a preguiça dos ingleses, pressionou mas não conseguiu marcar o segundo gol. Lodeiro, meio campista armador de origem, não conseguia produzir por jogar como um ponta de lança, no meio dos zagueiros mas, ainda assim, criou algumas boas oportunidades.
Passada a pressão, o jogo ficou equilibrado, o Ajax errava muitos passes e o United só teve uma chance, em um chute na trave de Nani. Aos 40 minutos porém, bola alçada na área e gol de Alderweireld.
Mas não adiantou. O United, mesmo desinteressado, se classificou graças aos erros bisonhos do Ajax no primeiro jogo. O 3×2 no placar agregado foi injusto somente pelos 25 minutos iniciais do segundo tempo desse segundo jogo.
Pelo menos, nessa segunda partida, o Ajax se comportou como time grande que é, apesar da inexperiência da maioria dos jogadores. O clube é, queiram ou não, maior em questão de títulos, do que o United, uma vez que venceu 4 Ligas dos Campeões, contra 3 dos ingleses.
Não foi o Milan que ganhou o jogo, foi o Wenger, treinador do Arsenal, que perdeu. Time apático, covarde, medroso e, sem razão alguma, desmotivado. Nas oitavas da Champions League, desmotivado. Tem coisas que só acontecem com o Arsenal. Se as duas chances do Van Persie tivessem entrado, e o pênalti tivesse sido marcado, seria 4×3, o que seria injusto, porque o time jogou para perder, para entregar, para ser goleado. Incapaz de trocar cinco passes consecutivos para frente, se apequenou diante do time de um dos maiores amarelões da história: Ibrahimovic. Esqueçam, ‘torcedores’ do Milan que o seu time vai ganhar a Champions. Até porque, além do grande amarelão Ibrahimovic, há o super amarelão Robinho. Fazer gols em um Arsenal covarde e patético, nas oitavas, não quer dizer nada. Quase que Antonini e Emanuelson fizeram também. Se o Arsenal jogar como jogou dia desses, pressionando, marcando no campo do adversário, sedento por vitória, com Chamberlain e Walcott buscando jogo o tempo todo, com Arteta não errando passes de centímetros, o Arsenal tem time para fazer não só 4, como 5 ou 6 no velho Milan dos cagalhões Robinho e Ibrahimovic. Porém, duvido que isso aconteça. Van Persie merece, não um time melhor, mas um treinador melhor e companheiros sedentos por vitória. Sozinho, quase conseguiu alimentar as esperanças dos ingleses. Mas sozinho não vai ganhar nada.
Apesar do portal globo.com colocar o Bayer como Bayern, que no caso é o München, o Leverkusen não é time pequeno. Pequeno é o Vitória, o Getafe e o Yokohama Marinos. Esses são pequenos. Leverkusen, se não é um time com muitos títulos(nunca ganhou a Bundesliga, apesar de ter ganho a copa da Uefa em 87-88) mas é um time com tradição, por onde já passaram grandes jogadores. Não era duelo de gigante contra pequeno, nem de gigante contra gigante. Era duelo de gigante contra grande porque, se o Leverkusen não é grande, Botafogo, Atlético Mineiro, Bahia, Fluminense e tantos outros também não o são.
O Leverkusen pressionou, se a bola na trave tivesse entrado, o jogo seria diferente. Talvez tivesse tomado mais um gol, sim, mas talvez tivesse feito mais um gol. Se e talvez não existem no futebol. O Barcelona, jogando burocraticamente, fez 3×1 mas errou muitos passes, forçou demais jogadas com o fraquíssimo Abidal e com o também fraco Adriano. O lado esquerdo carece de alguém com vigor e talvez o lateral do Leverkusen, autor do gol no jogo, Kadlec, se encaixasse bem no time.
O Barcelona já passou, mas não foi fácil. O terceiro gol saiu em um contra ataque nos últimos minutos, ou seja, o Leverkusen já estava conformado, o que causou tal falha. Ah, Friedrich falhou feio no segundo gol, não acompanhando a jogada no começo e no final.
Lyon 1×0 Apoel é um jogo indigno de comentários.
Ah, Alexis Sánches fez dois do Barcelona e me rendeu pontos no fantasy da UEFA.
Bom, foi um bom jogo.
É tão rápido o que tenho a comentar sobre isso que até penso duas vezes antes de perder esse tempo escrevendo. Os juízes, ao contrário do que o ‘craque’ do Fluminense diz, sempre favorece os brasileiros, porque sempre marcam faltas bobas, simulações fajutas e aceitam o fingimento, esporte predileto dos jogadores brasileiros, numa boa, dando corda para que façam mais e mais. O brasileiro acostumou-se ao cai-cai, às simulações e a tudo que faz parte do ‘jeitinho brasileiro’ de ser. Vejam os jogos da última Libertadores, quantas faltas Neymar sofreu e quantas foram marcadas. Ridículo pensar que os times daqui são prejudicados. Como é ridículo dar um soco dentro de campo e não querer ser expulso. Marcação forte não é violência, ao contrário do que os chupa-ovo do centro do país dizem.
O sensacionalismo arrogante da globo e de todas as mídias brasileiras levam a crer que Neymar só não é o melhor do mundo porque joga no Brasil. Chegar aos cem gols, marcando contra XV de Jaú, Guarani da Boa esperança e Misto Quente de Cuiabá é fácil. Li algumas pessoas escreverem que o campeonato paulista é do mesmo nível que o espanhol. E falaram sério, como se fosse verdade. Também não conta o fato de pegar um bando de índios(Bolívia e afins) no sub sei lá o que. Aí fica fácil contar esses gols e dizer que é craque. Na final da Libertadores só fez um porque o goleiro do Peñarol frangueou pra caramba e, no resto do jogo, não fez nada. Nada. Por que?
Porque, óbvio, não é craque. É um Robinho que pedala menos e cai mais, muito mais. Domingo, contra o Palmeiras, cansou de ir ao chão e o árbitro, mal intencionado, marcava tantas faltas quanto o ‘craque do Santos’ pedia. Acertou com um carrinho, por trás, de maneira desleal, um jogador do Palmeiras e, pasmem, não foi expulso. Se ele tivesse sofrido aquela falta, toda a mídia teria dito que ele é caçado em campo, que os times do Felipão, e os gaúchos – que, mesmo não tendo nada a ver com a história, são lembrados pelo bairrismo preconceituoso paulistano – são violentos e etc.
Messi não só é melhor do mundo como joga mais do que tantos ‘craques’ brasileiros do passado. É fácil dizer que um jogador, no Brasil, fez 800 gols. O ruim é ter de admitir que foram contra o Xis norte, de São João da Ponte Branca, em Roraima ou contra o 17 de março de 1982, da Rua B, em Cidrolândia.
Nada contra qualquer lugar, mas é óbvio que um sopro, vindo de um jogador brasileiro, é tido aqui como inspiração. Assim como o Neymar é craque, os bêbados do BBB são heróis e os políticos são honestos.
E o povo continua se enganando e fingindo que tudo é muito melhor aqui do que em qualquer lugar. Essa mania de grandeza é o oposto da síndrome do patinho feio, aquela que lembra que a grama do vizinho é sempre mais verde. Aqui, se for brasileiro é, não só melhor, como o melhor.
Assim como o ”””craque””’ Neymar, melhor do que Messi, ironicamente o melhor do mundo há anos.